Cumplicidade. E uma deliciosa sensação
de sonhar de olhos abertos.
Poderia atribuir essas sensações
ao meu espírito pisciano e altamente
impressionável. Mas não é isso. As
personagens são cativantes, e cada novo evento não apenas nos tira o fôlego,
mas nos torna cumplices. Cumplices de aventuras, de sonhos e de um universo que
não pertence mais a quem o criou, mas que agora já faz parte de nós, leitores
apaixonados e ávidos por mais adrenalina, mais detalhes e por mergulhos cada
vez mais profundos nas almas de nossos personagens favoritos. Espelhos fiéis e
extraordinários que permanecem ocultos de nós mesmos, esperando uma fagulha de
paixão para finalmente libertarem-se.
Kaori evoluiu para o mundo etéreo dos
arquétipos, um novo palco onde se desenharam heróis, ou melhor, anti-heróis
(adoráveis, diga-se de passagem) que agem conforme seus corações, conforme suas
essências, fraquezas, características e qualidades e que por mais fantásticos
que sejam trazem dentro de si sentimentos e atitudes extremamente humanos.
E talvez seja essa a mágica tão sublime que
nos marca profundamente nessas duas obras: Seres fantásticos incrivelmente
humanos, habitantes de uma realidade fantástica e tão verdadeira que povoa suave e inexoravelmente nosso imaginário.
A leitura de Kaori, ambos os
livros, me proporcionaram uma viagem delirante e de uma excitação sem precedentes.
Me vi presa em cenários reais e palpáveis, de convívio comum e que
descortinaram aquela sensação maravilhosa de que sim, é fantástico pelo simples
fato de realmente poder ter acontecido. De estar ali, bem pertinho da gente ao
alcance das mãos. Um outro ponto que me
chamou muito a atenção, principalmente no Kaori 2 -Coração de Vampira- foi o
entrelaçamento de seres fantásticos do nosso folclore brasileiro com seres do
folclore oriental, que por si só tornam Kaori uma obra única e digna de
respeito e admiração.
Indico essa leitura para todos aqueles que se
permitem perder, mesmo que por alguns instantes, o controle sobre sua própria
imaginação e entrar sem medo num mundo em que tudo, absolutamente tudo é
absurdamente possível.
Claro que eu não poderia de forma
alguma deixar de agradecer a Giulia Moon, a criadora do Universo Kaori, que se
mostrou profundamente conhecedora da natureza humana, e uma pesquisadora
incansável, por nos ter presenteado com esses dois belos “portais de sonhos”. Então, muito obrigada Giu!
Querida Dany, obrigada por esse texto lindo. E até a próxima viagem ao reino da imaginação! ;)
ResponderExcluir